quarta-feira, 30 de abril de 2008

MayDay!! no Sapo

terça-feira, 29 de abril de 2008

Tod@s à parada MayDay Lisboa 2008!!

MayDay Lisboa 2008

Parada MayDay :: 1º de Maio :: Dia d@ Trabalhador/a


O MayDay é uma parada de precári@s que vem marcando o 1º de Maio em várias cidades por esse mundo fora, desde da estreia em 2001, em Milão. Depois da primeira edição no ano passado, o MayDay Lisboa está de volta!

Uma organização aberta a tod@s permitiu continuar o nosso percurso de visibilidade e mobilização. Acções públicas, debates, festas e muita gente a juntar-se para fazer uma parada mobilizadora, onde a imaginação transforma a rua num espaço em que desfila a alegria da recusa de uma vida aos bocados. Na parada MayDay cabemos tod@s: mais nov@s e mais velh@s, operadores de call-center, "caixas" de supermercado, cientistas a bolsa, intermitentes, desempregad@s, estagiári@s, contratad@s a prazo, estudantes que vivem ou pressentem a precariedade, …



:: Concentração no Largo Camões (metro Baixa / Chiado), a partir das 13 horas, para pic-nic e animação ::

:: Partida às 15 horas em direcção ao Martim Moniz ::

:: Desfile com a Manifestação do Dia d@ Trabalhador/a ::




Esta parada depende de tod@s nós! Passa a palavra do precariado em luta!
É urgente! A 1 de Maio soamos o alarme!


MayDay!! MayDay!!
O precariado contra-ataca!!

Amanhã estaremos aqui a apelar ao MAYDAY!!!! Até quinta!

Debate de apelo ao MayDay!! às 20:00

A imagem “http://amadeo.blog.com/repository/856333/3116452.gif” contém erros e não pode ser exibida.


PRECÁRI@S NOS QUEREM, REBELDES NOS TERÃO!! ATÉ 5.ºF!!


segunda-feira, 28 de abril de 2008

Artigo de Mário Contumélias no JN

Descartáveis


Mário Contumélias, Docente universitário


Eles e elas estão aí e são cada vez em maior número. Constituem a nova classe de trabalhadores, criada pela economia capitalista. Depois dos "proletários" das fábricas, eis agora os "precários", do comércio e dos serviços. Para mal da sua ausência de pecado, não passam de trabalhadores "descartáveis", tipo usar e deitar fora, com baixos salários, sujeitos a grande rotatividade e total insegurança, impedidos de se projectarem no futuro.

São os filhos bastardos no neoliberalismo, o produto perverso da flexisegurança. Configuram uma nova forma de exclusão de uma vida plena que nos é apresentada como uma inevitabilidade do mundo moderno, como se, por detrás da sua existência, não estivessem decisões propriamente políticas e económicas.

Uns são mais jovens, outros mais velhos. Muitos têm formação académica, mas são forçados a escondê-la para conseguirem um posto de trabalho numa caixa de hipermercado, ou agarrados ao telefone de um qualquer call-center. São empregados intermitentes, contratados a prazo com salários insuficientes, estagiários sem remuneração. E, para agravar a situação, são todos igualmente órfãos do finado Estado social.

Mas os trabalhadores "precários" não são um facto exclusivamente português, antes constituem um fenómeno transversal às sociedades da dita modernidade globalizada. E têm consciência, de um modo crescente, da sua dramática condição social. Por isso, constituíram um movimento que atravessa a União Económica Europeia, e que se iniciou em Milão, no ano de 2001.

Esse movimento dá pelo nome de "Mayday", palavra que envolve, ao mesmo tempo, dois significados simbólicos. Por um lado, trata-se de uma palavra-código, internacionalmente usada como pedido de socorro, em caso de perigo extremo. Por outro, refere-se ao dia 1 de Maio, em que, por esse mundo fora, os trabalhadores celebram as conquistas de direitos universais, hoje em declínio acentuado.

Por toda a Europa, "Mayday" é assinalado com uma parada de "precários", iniciativa que chegou a Lisboa no ano passado. Este ano, em Portugal, o movimento fez já assembleias, acções públicas, festas. No próximo primeiro de Maio, aderentes e simpatizantes do "Mayday", juntar-se-ão, na rua, "contra a exploração" e "o emagrecimento dos apoios sociais e à habitação", assim "continuando o percurso de mobilização e visibilidade".

Os "precários" portugueses, tal como os de outros países, sentem-se "empurrados para o conformismo e para a resignação", mas nem por isso deixam de resistir à "desigual condição" em que vivem. E dizem, com razão, que "não tem de ser assim".

Num mundo marcado por um capitalismo desregrado e selvagem, num país pretensamente governado à esquerda, junto a minha voz à deles "Mayday! Mayday! Mayday!".

"Precários" somos todos nós, os nossos filhos, os nossos netos. A precariedade em que vivemos não é um desígnio de Deus, nem um cataclismo natural. É, apenas e só, um dos mais abjectos vómitos da iniquidade social que desumaniza o mundo em que vivemos. E chegou a altura de dizer basta!´

Mário Contumélias escreve no JN, quinzenalmente, às sextas-feiras

domingo, 27 de abril de 2008

A revisão do Código de Trabalho, a precariedade e o precariado

“Contratos a prazo vão sair mais caros às empresas”, “Trabalho precário sai mais caro a empresas” ou “Patrões vão pagar caro recibos verdes”. São capas da manhã de 4ª feira passada, 23/04, o dia seguinte ao início da concertação social para revisão do Código de Trabalho. O Governo garantiu na imprensa o essencial da sua propaganda, de uma forma segura ao ponto dos títulos dos diferentes jornais serem quase indistinguíveis. Uma vitória de Sócrates, Vieira da Silva e companhia, pode pensar-se. Mas, enquanto olhamos com olhos de ver paras as propostas do Governo, já sabemos uma coisa: há um outro lado da moeda da precariedade – o precariado está aí e o Governo já tem que lhe responder.

Algumas propostas do Governo, entre a propaganda e a realidade:


Os patrões passam a pagar 5% da Segurança Social dos trabalhadores independentes. Ou seja, dos trabalhadores a recibos verdes. Responsabilizar em parte os patrões, diz o Governo. A folga dos patrões e, sobretudo, a irresponsabilidade do Estado continua: os trabalhadores a recibos verdes pagam 95% da contribuição para a Segurança Social, mas não têm direito, por exemplo, a subsídio de desemprego!


Alargamento da licença parental. Supostamente, passa a ser possível articular entre pai e mãe um ano para olhar pelos filhos. Mas para “conciliar a vida profissional e pessoal” é preciso ter um/a companheir@ e, sobretudo, ter um bom ordenado, porque os últimos meses terão que ser passados apenas com 25% do vencimento.


Contratos a prazo passam a ter limite de 3 anos. O limite era de 6 anos, é verdade. Mas não vale a pena tentar enganar: este mesmo Vieira da Silva, em 2002, na sua passagem pelo Governo de Guterres, reduziu aquele limite para 1 ano. Não há nada de corajoso neste novo limite. 3 anos a prazo é bom? Só se for no Governo…

Taxa Social Única (TSU) para empresas dependente dos vínculos laborais. Os patrões passam a pagar menos 1% de TSU, mas pagarão 3% mais se tiverem “uma percentagem significativa” de trabalhadores com contratos a termo.

Facilitação dos despedimentos, “adaptabilidade”, num país em que, nas palavras do próprio Veira da Silva “se hoje fosse difícil despedir em Portugal, não haveria o nível de desemprego que existe”.



Ontem, num encontro com militantes do PS em Vila Franca de Xira, Sócrates demonstrou pressentir que ainda tem muita gente para convencer. Garantiu que “nenhum Governo antes de nós atacou os contratos a prazo”, afirmando-se “preocupado com os recibos verdes”. Mas, entusiasmado, depois de atacar violentamente quem não concorda com as propostas do Governo, lá deixou soltar que “as convenções colectivas de trabalho são um atraso de vida! Um atraso de vida!”.

A precariedade é a proposta do Governo. Para lá dos rebuçados e da propaganda, é o que sobra. Bagão Félix, autor do Código anterior, até se permite dizer que “em alguns aspectos, se está a ir longe de mais”. Os patrões nem piam, à espera que a coisa passe para galgar mais qualquer coisa. Os “comentandores” insistem sobre a necessidade de flexibilizar as leis laborais, mas lá têm uma palavra de apreço para a triste sina dos recibos verdes e similares. É este o “consenso alargado” que Vieira da Silva diz esperar – o consenso dos privilegiados, que urram inevitabilidades e pedem mais um bocadinho das nossas vidas.

Maio está aí. E o precariado também. Precisamos de acumular gente e forças para dar a volta à precariedade. Com imaginação e com a alegria dos inquietos, o precariado contra-ataca a 1 de Maio. MayDay!! MayDay!!

Tiago Gillot

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Uma parada feita com as nossas mãos!

Sessão de trabalho para produção de materiais para a parada!

Centro Social da Mouraria :: Domingo, 27/04, a partir das 15 horas

:: Grupo Desportivo da Mouraria :: Travessa da Nazaré, 21 - 1º, em Lisboa ::

(se precisares de ajuda para localizar o C S da Mouraria, envia-nos um mail!)



Maio está aí! @s precári@s também!

MayDay!! MayDay!!

Precários Inflexíveis agradecem ao Sr. Ministro..

via Precários Inflexíveis

Precariedade, controlo social e transversalidade das lutas

via Panteras Rosa

Que a precariedade congela vidas não é segredo. Que os recibos verdes e a figura do "acto isolado" são usados indevidamente por certos "patrões" também não. E é do conhecimento geral que o outsourcing é usado, mais do para contratar serviços especializados, para fugir a maçadas como os seguros de trabalho, as contribuições para a segurança social, a medicina no trabalho, a gestão de férias...
Mas os vínculos laborais precários têm outra dimensão: podem ser instrumentos de controlo social.

Nas (raras) empresas de tendência quem acorda trabalhar na empresa sabe que irá trabalhar dentro de um conjunto de princípios orientadores já definidos. São disso exemplo a Rádio Renascença ou certas escolas religiosas. Contudo a maioria das empresas é criada tendo (oficialmente) apenas o lucro como único objectivo. Mas entre o "oficial" e o real por vezes vai uma grande distância. Empresas há que implementam políticas ilegais (lembram‑se daquele banco do Jardim Gonçalves que não contratava mulheres?) e acontece por vezes que, mesmo que a direcção da empresa não o faça, essas políticas são decididas e implementadas por chefes de departamentos ou secções da empresa. Independentemente do nível hierárquico de onde emanam tais políticas é evidente que os vínculos precários fragilizam @s trabalhadoras/es que delas sejam alvo.

Concretizando num exemplo: a empresa ABC contrata a Rute (a termo, claro) para trabalhar no call‑center da empresa XPTO; a Rute trabalha sob a direcção do Zé; o Zé embirra com a Rute e quando o contrato chega ao fim já o Zé preparou um bonito relatório com motivos para que o contrato da Rute não seja renovado (fazendo com que as falhas da Rute pareçam mais ou piores que as de colegas que não produzem tanto nem tão bem). Na verdade o Zé resolveu usar o seu poder para a "castigar" porque a Rute tem uma argola no nariz, ou porque usa rastas, ou porque é fufa, ou monhé, ou vesga, ou... O importante é que quem contratou a Rute até poderia estar a pensar usar (indevidamente) os contratos a termo durante um período experimental alargado oferecendo‑lhe um vínculo sem termo ao fim de 2 anos – mas o vínculo precário da Rute permitiu que o Zé, motivado pelos seus preconceitos, lhe "fizesse a cama".

No exemplo acima a iniciativa parte de um funcionário, chefe da trabalhadora. Mas como se percebe a coisa pode assumir proporções de política (ilegal) da empresa e a precariedade do vínculo permite fazer imposições injustificáveis à(o)s trabalhadoras/es. Quem não calar e consentir, quem não se "adaptar" vai para a rua, é só esperar que o contrato chegue ao seu termo.

Os vínculos laborais precários podem ser (e por vezes são‑no mesmo) meios para a marginalização de pessoas contra quem os preconceitos sejam mais arreigados – por exemplo, pessoas transexuais (e outras "ameaças" ao modelo dicotómico de género do sistema sócio‑legal dominante) ou pessoas de etnia cigana (que, não representando qualquer "ameaça" concreta, inspiram um temor irracional a muita gente).

O preconceito alimenta‑se da ignorância. Contudo, enquanto o discurso politicamente correcto enche a boca com a “sociedade da informação”, pouco se faz para alterar o rumo da aparente "conspiração de estúpidos". A terciarização da economia é ilogicamente acompanhada por reformas do ensino técnico‑profissional que não respondem às necessidades da sociedade (não confundir com as necessidades do mercado!), pela desarticulação entre ensino secundário e universitário e pela diminuição do investimento nas áreas que menos interessam às empresas dominantes – como as ciências soft, apesar da sua importância para o estudo e aperfeiçoamento da organização social e económica e para o aproveitamento sustentado e sustentável dos recursos naturais e humanos. Nem as matemáticas se salvam – quando numa economia terciarizada o lógico seria ver empresas de transportes, por exemplo, organizando e financiando pólos de I&D sectoriais, investindo na investigação operacional ou na contratação de matemátic@s para "análise de pior caso".

A miopia e impunidade de quem legisla/governa/julga, o uso do aparelho de estado para servir interesses económicos privados, o insuficiente número de agentes de fiscalização e a sua deficiente (nalgumas áreas) formação, a dificuldade de prova, as (consequentemente) raras penalizações perfeitamente suportáveis pelos grandes grupos empresariais, a corrosão da solidariedade entre trabalhadoras/es pelo seu estrangulamento financeiro, a simples falta de tempo para a intervenção cívica e política (partidária ou não, no "sistema" ou em alternativa a este) – tudo isto contribui para a manutenção, quando não para o agravamento (para @s precári@s, claro) do estado de coisas.

É pois evidente que a precariedade permite a prática (discreta, mas activa) de discriminação negativa, contribuindo para a instabilidade económica e a exclusão social das pessoas discriminadas. O que até é ilegal, mas se a lei não fosse tantas e tantas vezes letra morta não haveria MayDay, nem Precári@s INflexíveis, nem FERVE, nem movimentos LBGT+, feministas, paritários, anti‑racistas, laicistas...

A luta contras os preconceitos e discriminações é transversal às suas múltiplas dimensões (é totó crer que se pode combater o racismo sem combater a transfobia ou combater a discriminação com base na deficiência sem combater o sexismo) e é igualmente indissociável das lutas por outra forma de organização social.
Uma organização em que a sociedade seja participativa e participada, transparente, sensível, solidária, etológica, empática e “compaixonada”, informativa e informada; onde a exploração do que é de tod@s (como os recursos naturais, o ambiente natural, patrimonial e urbano, os conhecimentos, ideias e algoritmos) não sirva apenas alguns; onde a exploração, a precariedade e a exclusão sejam erradicadas.

É por isto que os movimentos sociais que pretendam um mundo melhor devem estar no MayDay e é por isto que o MayDay deve estar nos restantes movimentos sociais. A pluralidade, o diálogo e a solidariedade fazem a força!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Assembleia MAYDAY

Assembleia MayDay!!
HOJE! Quarta :: 23 de Abril :: 21h
Cooperativa Cultural Crew Hassan Rua das Portas de Santo Antão, 159 (perto Coliseu)
Divulga já pelos teus contactos!!
Não faltes!
Até já!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Desta vez a festa é em Coimbra!!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Muit@s Precári@s à Solta na Festa MayDay!!

Muitas, muitas centenas de pessoas estiveram no passado sábado no Ateneu. A Festa MayDay “Precári@s à Solta” correspondeu às melhores expectativas dos muitos contributos necessários para a organizar. Muita gente respondeu ao apelo: festejar a recusa da precariedade e pensar respostas, colectivamente.



Primeiro, a projecção vários filmes: mobilizações, denúncias e intervenções, cá e lá fora. Depois, as músicas de Pedro e Diana, Ana Deus, Loja das Conveniências e Micro Sapiens. Noite dentro, durante toda a festa, a zona de “workshop” permitiu a muita gente pôr ideias em materiais – muitos ficarão, certamente, para a parada! Um programa cheio, porque muita gente quis participar nele e contribuir para uma festa em que o apelo à mobilização se procurou tanto nas actividades e performances como na forma de as fazer.

Valeu a pena o esforço de construir uma festa com as nossas mãos, sem patrocínios nem profissionais. A imaginação precária e a vontade de mudar as nossas vidas está a juntar a energia que precisamos para um MayDay Lisboa ainda mais participado e interventivo do que o ano passado. No pouco tempo que falta, dedicamos todo o empenho na divulgação da parada. Mas agora com muito mais confiança, porque sabemos que somos mais. MayDay!! MayDay!!


sexta-feira, 18 de abril de 2008

Conversa / Debate
"A Precariedade: contornos, experiências e respostas"
19 de Abril (sábado) pelas 17h na Crew Hassan
(Rua das Portas de Stº Antão, 159; próximo do Coliseu).

O grupo responsável pela organização do MayDay 2008 encontra-se a organizar conjuntamente com a Solidariedade Imigrante, um debate/conversa a decorrer no âmbito do Festival ImigrArte. O tema é a precariedade enquanto fenómeno social, cujos contornos determinam as mais variadas esferas da vida, não só o trabalho, mas também a educação, a habitação, a saúde, a sexualidade, o género, a cor da pele. Estas manifestam-se num processo de selecção social, em que uma pequeníssima parte é vencedora, enquanto a grande maioria é condenada a uma derrota que se eterniza no dia-a-dia.


Para tal, decidimos convidar vários indivíduos e associações a participar nesse debate/conversa, tentando assim reunir relatos das suas experiências enquanto pessoas que vivem a precariedade, mas que todos os dias tentam criar respostas a esse problema.


Não haverá mesa. Todas as pessoas que participarem serão convidadas especiais.



FESTA MAYDAY!!


Festa MayDay :: Precári@s à Solta

Ateneu Comercial de Lisboa, Rua das Portas de Santo Antão (perto do Coliseu de Lisboa)

Sábado, 19 de Abril, 21h30

F
estejar a revolta do precariado
Estarmos juntos para termos mais força
Saltar, dançar, cantar, beber, ouvir, conversar à solta
Trazer alegria para a luta
Acumular energias para o MayDay


.:: Espectaculares concertos :: Fantásticas performances :: Inventivos workshops :: Animad@s dj's ::.


A entrada é uma moeda, mas ninguém fica à porta!

MayDay!! MayDay!!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Precariedade em debate nas Caldas da Rainha


Os “2º Encontros Mal Empregados”, organizados pelo MayDay Lisboa 2008 e pela associação Conselho da Cidade (conselhocidade@gmail.com), juntaram ontem (dia 16/04) algumas dezenas de pessoas para uma tarde / noite de conversas e convívio, bem no centro das Caldas da Rainha.

Foi mais uma iniciativa para espalhar a urgência de debate e acção contra a precariedade e dar a conhecer a parada MayDay. Depois de uma conversa participada e alguns testemunhos, Pedro e Diana animaram a noite com músicas que ameaçam ser usadas por vozes precárias em protesto!

Na próxima 6ª feira, dia 18, o MayDay Lisboa 2008 chega a Coimbra! Se puderes, aparece na Casa Municipal da Cultura a partir das 21h30. MayDay!! MayDay!!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A precariedade toca a todos

“A precariedade é a condição social do novo século”. Diz o panfleto que apela à participação no MayDay Lisboa 2008 e é verdade. No trabalho e na vida toda, a precariedade não escolhe fronteiras. E também não é apenas, cada vez menos, um quebra-cabeças de uma nova geração de trabalhadores ou simplesmente “aquele problema da malta dos recibos verdes e contratados a prazo”. A vida prova-nos isto todos os dias. Vale a pena olhar para exemplos recentes.

Os trabalhadores da Yazaki Saltano e da Delphi estão ameaçados de despedimento colectivo, apesar de trabalharem há dezenas de anos, com contratos estáveis, para aquelas empresas – empresas que, diga-se, beneficiaram de todas as vantagens e incentivos e agora “deslocalizam” sem passar cavaco, para intensificarem a exploração mais a leste. Despedimentos colectivos passam também a ser novidade no Estado, com o novo Regime de Contrato de Trabalho na Função Pública proposto pelo Governo. Numa semana que já não estava famosa, tivemos que ouvir Augusto Morais, dirigente da Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas, “ameaçar” não “criar mais postos de trabalho” a partir de Junho, se o Governo não reduzir a carga fiscal e implementar a flexigurança. É também importante sublinhar solidariedade com Pedro Jorge, electricista e dirigente sindical que, por ter denunciado, no programa “Prós e Contras”, as condições do seu trabalho na empresa Cerâmica Torrense, enfrenta um processo disciplinar.

O que une estas notícias é o contexto social e político de chantagem generalizada – um “clima” que não escolhe quem ameaça.

No dia 1 de Maio colocamos a imaginação ao serviço da revolta contra a chantagem da precariedade. Continuamos o nosso percurso de visibilidade e mobilização, conscientes de que apenas estamos a começar. Fazemo-lo, também, com todos os trabalhadores, porque a exploração e a precariedade tocam a todos. As ruas de Lisboa contarão certamente com muitos milhares que não querem viver assim. Entre o Largo Camões e a Alameda, festejaremos o 1º de Maio! Contamos contigo?
Tiago Gillot

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Debate Mayday!! em Coimbra

sábado, 12 de abril de 2008

assembleia MayDay!!

Assembleia MayDay!!

Domingo :: 13 de Abril :: 17h
Se puderes aparecer mais cedo, juntamo-nos às 15 horas, para fazer materiais para a Festa MayDay e para a parada!!
Cooperativa Cultural Crew Hassan
Rua das Portas de Santo Antão, 159 (perto Coliseu)
Divulga já pelos teus contactos!!

Não faltes!

Até Domingo!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Provedor Trabalho Temporário

Mais um filme contributo para o MayDay!!


quarta-feira, 9 de abril de 2008

Encontros Mal Empregados 2 :: MayDay_Caldas!!


:: MayMay, MayDay ::
:: O Precariado a rebelar-se nas Caldas da Rainha!! ::

terça-feira, 8 de abril de 2008

A não perder!! Cinemalfa :: Ciclo Cinema :::: Trabalho ::





O Cinemalfa organiza, nas próximas Quintas deste mês:
Ciclo de Cinema sobre o tema do Trabalho
:: 10 :: 17 :: 24 Abril
Inicio das sessões às 21h30
Rua dos Fanqueiros, 286, 1°, Lisboa


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Assembleia MayDay!!

Domingo :: 6 de Abril :: 17h (pontualíssimas!!!)

Cooperativa Cultural Crew Hassan
Rua das Portas de Santo Antão, 159 (perto Coliseu)


Divulga já pelos teus contactos!!


Não faltes!


Até Domingo!

Vídeos Precários

Atenção Precários,

têm à disposição uma grande Colectânea de Videos Precários <<<

Os MayDay pelo mundo fora, o trabalho precário, os recibos verdes, os FERVE, os PI, os Intermitentes, porta65 fechada, e muito mais.

disponível no YouTube MayDay.

Divulguem-nos!