Os trabalhadores da Yazaki Saltano e da Delphi estão ameaçados de despedimento colectivo, apesar de trabalharem há dezenas de anos, com contratos estáveis, para aquelas empresas – empresas que, diga-se, beneficiaram de todas as vantagens e incentivos e agora “deslocalizam” sem passar cavaco, para intensificarem a exploração mais a leste. Despedimentos colectivos passam também a ser novidade no Estado, com o novo Regime de Contrato de Trabalho na Função Pública proposto pelo Governo. Numa semana que já não estava famosa, tivemos que ouvir Augusto Morais, dirigente da Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas, “ameaçar” não “criar mais postos de trabalho” a partir de Junho, se o Governo não reduzir a carga fiscal e implementar a flexigurança. É também importante sublinhar solidariedade com Pedro Jorge, electricista e dirigente sindical que, por ter denunciado, no programa “Prós e Contras”, as condições do seu trabalho na empresa Cerâmica Torrense, enfrenta um processo disciplinar.
No dia 1 de Maio colocamos a imaginação ao serviço da revolta contra a chantagem da precariedade. Continuamos o nosso percurso de visibilidade e mobilização, conscientes de que apenas estamos a começar. Fazemo-lo, também, com todos os trabalhadores, porque a exploração e a precariedade tocam a todos. As ruas de Lisboa contarão certamente com muitos milhares que não querem viver assim. Entre o Largo Camões e a Alameda, festejaremos o 1º de Maio! Contamos contigo?
2 comentários:
Olá! Há alguma manifestação prevista para a zona do Porto?
Obrigada
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não, este ano a parada Mayday apenas está a ser organizada para Lisboa.
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No dia 1 de Maio, o ponto de encontro será no Largo Camões, às 13 horas.
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Se necessário arranja-se sítio para dormir para quem venha de fora de Lisboa.
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Contacta a organização do Mayday pelo e-mail maydaylisboa@gmail.com
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